Fotos do VIII ELPLE e do Ciclo de palestras

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terça-feira, 27 de março de 2012

RESUMOS PARA A SELEÇÃO PELOS DEBATEDORES


 Prezados debatedores,
 
Após escolher o resumo, envie um e-mail para ling.educ@gmail.com, com o título Debatedor, incluindo, na mensagem, seu nome completo e título do trabalho o qual  deseja debater. A comissão organizadora do evento lhe enviará  o texto completo do trabalho a fim de que possa realizar a leitura e elaborar 1 (uma) questão a ser direcionada ao autor do trabalho após a sua exposição no evento pelo autor.

Obs.: Brevemente, outros resumos serão postados à medida que a comissão organizadora finalizar a verificação dos artigos quanto às normas estabelecidas.

1)   FORMAÇÃO DE LEITORES: Prazer estético em salas de aula de Ensino Fundamental I
Resumo: A presente pesquisa de mestrado investiga estratégias utilizadas para a formação de leitores literários em salas de aula do Ensino Fundamental I. O objetivo é identificar teorias que possam fundamentar esse trabalho, principalmente no que se refere aos pressupostos que subjazem à noção de “formação de leitor”. Desse modo, o leitor se apresenta como objeto central da pesquisa, o que nas últimas décadas tem sido questão de base de importantes teorias voltadas para a recepção da obra literária. Entretanto, a implicação dessa perspectiva para a formação do leitor na escola, que supõe atender a objetivos pedagógicos, ao repertório do próprio professor e vinculações ao currículo, ainda merece estudo no âmbito da escola brasileira de educação básica, em especial no ensino fundamental de primeiro ciclo. Consideramos de grande relevância os estudos que Zilberman (1982), Lajolo (1982), Aguiar (1982) e Soares (2006) realizaram no sentido de refletir sobre a escolarização da literatura infantil. Nesta comunicação, preocupamo-nos em distinguir conceitos e noções que constituem a nosso ver passos essenciais para discutir de forma mais atualizada a perspectiva de um leitor em formação. Nesse sentido, nossa investigação se situa na trajetória da estética da recepção (Jauss, 1979, Iser, 1999) até os estudos sobre o leitor empírico (Jouve, 2002, Tauveron, 2004, Rouxel, 2004), bem como do russo M. Bakhtin (2003).

2)   O preço da língua: a presença da Sociolinguística em programas de uma disciplina voltada à formação de professores de Língua Portuguesa[1]
Resumo: Neste trabalho se propõe a análise de programas de uma disciplina voltada à formação de professores de Língua Portuguesa a fim de verificar como neles ocorre a incorporação de um léxico próprio da Linguística. Para tanto, discorreremos sobre os termos "língua materna" e "prática de análise linguística".

3)   O percurso do ensino de FLE (Francês Língua Estrangeira) nos Centros de Estudos de Línguas – CEL – da rede pública de São Paulo
Resumo:Este artigo propõe traçar um panorama do percurso do ensino do Francês como Língua Estrangeira (FLE) nos Centros de Estudos de Línguas (CEL) do Estado de São Paulo, com base na análise de documentos oficiais(Decreto 27.270 de 10/08/1987; Parágrafo único do artigo 1º da Resolução SE nº 271 de 20/11/87; Resoluções SE -nº193 de 18/8/88, nº 210 de 31/8/88, nº 81 de 4/11/2009, nº 83 de 5/11/2009, nº 33 de 23/03/2010, entre outros) e dos dados coletados durante entrevista semiestruturada com a equipe de Línguas Estrangeiras Modernas da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP). Reconstituir esse percurso é relevante para conhecermos o contexto de criação dessas instituições, bem como o caminho seguido por elas e a sua situação atual, a fim de buscar uma adequação metodológica voltada a esse contexto de ensino.

4)   Língua Estrangeira- Inglês e desenho curricular: um estudo de caso na educação profissional de nível médio integrado dos Institutos Federais
Resumo: Este trabalho, o qual constitui recorte da pesquisa de doutorado em andamento, adentra a Educação Técnica de Nível Médio Integrado (EMIT) ofertada pelos Institutos Federais no intuito de desenhar matizes de uma abordagem de ensino-aprendizagem para o Componente Curricular Língua Estrangeira- Inglês (CCLEI) captada na bricolagem dos dizeres de seus professores (da formação geral e técnica),alunos, técnicos administrativos e representantes de empresas da região a fim de subsidiar a elaboração futura de materiais didáticos para as aulas de CCLEI dos cursos EMIT em Agrimensura, Edificações, Eletrotécnica e Informática, do campus Jataí do Instituto Federal de Goiás. Este procedimento de ouvir o que os membros da comunidade escolar pensam se faz necessário pelo fato da primeira etapa da elaboração de materiais ser a fase da análise, na qual  é feita um estudo e caracterização do contexto com vistas a definição dos objetivos do curso (Leffa,2003; Almeida Filho,2007). Em síntese, os resultados deste estudo apontam que, dadas às expectativas de aprendizagem dos membros da comunidade escolar investigada, a opção pela elaboração de materiais comunicativos, de base temática (XAVIER, 1999) os quais poderão fazer do CCLEI um dos elos que possibilite a formação humana integral (BRASIL,2007) dos egressos de cursos EMIT, é a mais pertinente.

  5.   Vestibular: caráter argumentativo e relações de poder


                                                      
Resumo: Há muitas décadas, o vestibular constitui-se por uma função que, com o passar tempo, naturalizou-se, na sociedade e no ambiente escolar: eleger-se como um mecanismo que seleciona os mais aptos a ingressarem nas universidades. Tal papel é reforçado pelo governo, que não permite o ingresso ao ensino superior, pelo menos nas universidades estaduais, por outros meios. No entanto, acreditamos que essa função tem um componente fortemente argumentativo, pois deverá convencer que é o meio mais democrático e “ideal” para selecionar os mais “aptos” ao ensino superior.Nosso objetivo, diante desse contexto, é caracterizar quais são as teorias lingüísticas mobilizadas nos programas de Língua Portuguesa presentes  nos manuais de vestibular da FUVEST, das décadas de 80, 90, 00 até os dias atuais. Essa caracterização consiste na descrição dos programas oficiais dessa instituição, nos quais buscaremos determinar de uma a outra concepção, quais são os jogos de correlações e das dominâncias, que efeitos são construídos com as rupturas e permanências. A pergunta básica é quais são os fatores que integrados constituem as condições em que emergem o discurso do vestibular.Pretendemos verificar com quais enunciados os programas de língua portuguesa da Fuvest dialoga, ao longo dessas cinco décadas. Propomos hipótese de que ao depreender esse tom responsivo dos manuais, será possível entender as coerções que ditam o que deve ser escrito. De acordo essa hipótese, o vestibular responde e submete-se ao discurso: a)  pedagógico; b) social; c) político;  d) lingüístico; e) acadêmico. Para sustentar nossa tese, buscaremos respaldo na Análise do Discurso que tem procedência na AD de linha Francesa, mais especificamente, nos estudos de Foucault (2004), no qual diz respeito aos conceitos de “saber”, “conceitos”, “status”. Para o autor: a)  “um saber é aquilo de que podemos falar em uma prática discursiva” ; b) os conceitos  não são a soma do que se acreditava fosse verdadeiro, mas são o conjunto das condutas, das singularidades, dos desvios de que se pode falar no discurso pedagógico, acerca da língua, da escrita e da produção textos; c) o status compreende critérios de competência e de saber do sujeito.

6)A teoria e a prática nas metodologias de ensino de espanhol como língua estrangeira

                                                     
Resumo: Este trabalho se dispõe a pesquisar a dicotomia entre a teoria e a prática docente, no que se refere aos métodos, às crenças sobre o ensino de língua estrangeira, em especial o espanhol, e aos procedimentos de cada um. É fundamental que haja consciência nas tomadas de decisões pelo professor, pois o método adotado deve refletir sobre a sua postura em sala, conectando-se com o planejamento do curso. Consideramos as propostas dos autores Mizukami (1986), Sánchez Pérez (1997) e Fernández (2010) sobre a distinção entre abordagens e métodos e procedimentos, como também Leffa (2001) e Almeida Filho (2005, 2007, 2010). Para uma discussão sobre as crenças subjacentes ao ensinar, Santos Gargallo (1999) e Figueiredo (2006).  Os documentos legais oficiais (LDB, PCN, PCN+, OCEM) contribuem para a formação de professores, no que se refere a muitos aspectos formativos, entre eles, o planejamento das aulas e sua execução prática.Propomos desenvolver uma pesquisa etnográfica, por meio de questionários e observação de aulas, como também uma ação colaborativa com intervenção, com alunos em formação de Licenciatura e assim contribuir para a continuidade qualitativa da formação de docentes de línguas estrangeiras.





7)A seleção e apresentação dos textos literários nos manuais didáticos para o ensino fundamental: alguns resultados e desafios da pesquisa
                                 


Em sua pesquisa de Mestrado, a autora busca analisar a seleção e apresentação dos textos literários nos manuais didáticos de Língua Portuguesa os quais foram destinados, entre os períodos de 1976 a 1996, às antigas 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental. Objetiva, ainda, por meio dessa análise, perceber quais as representações que se tinham (ou se criaram) acerca da literatura e do aluno ao qual se dirigiam os manuais; e, por fim, quais os diálogos discursivos instaurados entre o que se apresentou nos livros didáticos e as orientações curriculares que, nos diferentes contextos históricos, foram dirigidas ao ensino de Português. Durante o desenvolvimento da pesquisa, surgiram alguns resultados e algumas inquietações que redirecionaram os fundamentos teóricos e metodológicos do trabalho: tem-se ainda a perspectiva discursiva de Mikhail Bakhtin e os estudos do historiador Roger Chartier como principais referências para a análise; mas foca-se,  desta vez, a representação – e não mais a apropriação – da literatura. São esses alguns desafios e, ao mesmo tempo, resultados da pesquisa sobre os quais se pretende discorrer no evento.



8)Constituição da disciplina "Leitura e produção de texto" na rede estadual paulista

                                                 

Nossa pesquisa de mestrado, cujo título é “Leitura e produção de texto”: da constituição da disciplina às práticas de ensino, investiga a disciplina “Leitura e produção de texto” (LPT), que compôs, de 2009 a 2011, a grade curricular do segundo ciclo do Ensino Fundamental (5ª à 8ª série/6º ao 9º ano) nas escolas estaduais paulistas. A disciplina foi inserida em 2009, no contexto da implementação de um novo currículo que prioriza a leitura e a escrita, mas, para nossa surpresa, foi suprimida da grade no presente ano. Ministrada por professores licenciados em Letras mediante duas aulas semanais, sua proposta, segundo o Caderno do professor de LPT (material de apoio distribuído aos docentes), era a ampliação das práticas de leitura e escrita, focalizando, especialmente, o texto literário. Em nosso projeto, investigamos, em primeiro lugar, a inserção e a constituição da disciplina, tomando como base documentos governamentais, e, em segundo lugar, as práticas de leitura e escrita desenvolvidas em sala de aula. Com isso, objetivamos estabelecer um contraponto entre as propostas dos documentos oficiais e as práticas concretas realizadas nas instituições escolares. Neste texto, apresentaremos considerações a respeito da primeira etapa da pesquisa, na qual construímos um histórico da disciplina LPT. Nesse histórico, procuramos esclarecer como surgiu a disciplina, como ela se insere no currículo em geral, sua relação com a disciplina Língua Portuguesa e quais são “oficialmente” seus objetivos.




9)Metodologia de pesquisa: um olhar retrospectivo



O trabalho se propõe a expor e analisar a metodologia de pesquisa utilizada pelo autor em sua dissertação de mestrado na linha de Educação e Linguagem. Partindo de um estudo de caso realizado em uma escola estadual de Taboão da Serra, o autor reflete sobre as dificuldades no exercício da dupla função de pesquisador e professor, bem como sobre os problemas e limitações decorrentes da produção dos dados, do recorte do corpus e da análise. Autores como Bakhtin e Ginzburg foram fundamentais para a abordagem metodológica e para a construção do objeto de pesquisa. O trabalho aponta para aspectos que poderiam ser considerados positivos e outros que seriam tidos como negativos na relação sujeito-objeto construída na pesquisa. Dessa forma, pretende-se contribuir para as questões colocadas pelos organizadores do VIII Encontro da Linha de Pesquisa Educação e Linguagem.

10)A escrita adolescente na escola pública: entre a aquisição do código e a apropriação da língua




Este trabalho pretende analisar a forma como se constitui a escrita de alunos de uma turma de 1º ano do ciclo II do ensino fundamental, no momento em que escrevem para atender a demandas institucionais dadas no contexto do “Programa Ler e Escrever”, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Os 26 textos narrativos que compõem seu corpus foram escritos durante o ano letivo de 2010 por esse grupo de estudantes, que se caracterizava como recém-alfabetizado, com idades entre a pré-adolescência e a adolescência e com histórico de fracasso escolar. O fato de eles terem sido produzidos enquanto atuávamos como professor regente dessa turma permite-nos definir nosso trabalho como uma pesquisa-ação (THIOLLENT, 2008) e, ainda desse ponto de vista, levando em conta o modo com o qual abordamos os dados, o classificamos entre aqueles descritos como qualitativos.  De maneira mais específica, os objetivos de nosso trabalho se voltam para uma tentativa de compreender as estratégias de que esses alunos se utilizam quando precisam realizar citações do discurso alheio, dispositivo que abordaremos, especialmente, levando em conta os estudos desenvolvidos por Bakhtin (1929/2002) e por Fiorin (1999). Além disso, a fim de empreender uma discussão que nos ajude na compreensão da aprendizagem escrita a partir da realidade pedagógica que analisamos, buscaremos referências nos estudos sobre os conceitos de alfabetização e de letramento  (SOARES 1998, 1994; KLEIMAN, 1995; ROJO, 1998; SILVA LEITE, 2001) e, também, nos autores que têm se debruçado sobre a questão da escrita na escola a partir de uma perspectiva dialógica da linguagem e da compreensão dos espaços de ensino de língua portuguesa como espaços de interação (GERALDI 1985, 1986, 2003; VAL, 2005). 







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